domingo, 1 de dezembro de 2013

Protozooses
 
Doença : Amebíase
 
Agente causador:
A Entamoeba histolytica é a responsável pela amebíase, embora possa estar presente no organismo sem desenvolver a doença. Esta, de período de incubação que varia entre 2 e 4 semanas, se caracteriza pela manifestação de diarreias e, em casos mais graves, comprometimento de órgãos e tecidos. É responsável por cerca de 100000 mortes ao ano, em todo o mundo
 
 transmissão:
transmitida ao homem através do consumo de alimentos ou água contaminados por fezes com cistos amebianos, falta de higiene domiciliar e, também, através da manipulação de alimentos por portadores desse protozoário.
 
Características da doença:

É uma infecção do intestino grosso, existe sob duas formas durante o seu ciclo de vida: o parasita activo (trofozoíto) e o parasita inactivo (quisto).
 
Profilaxia:
Manter a higiene é essencial para prevenir essa doença. Lavar as mãos após usar o banheiro, lavar muito bem as verduras, frutas, Não utilizar excrementos animais como fertilizante nas lavouras, combater insetos que podem facilmente se contaminar, como moscas, baratas, ratos, etc.
 
 
Cisto de Entamoeba histolytica: protozoário responsável pela amebíase
 
 
Doença: Leishmaniose visceral.
 
Agente causador:
tripanossomatídeo Leishmania chagasi.
 
Agente transmissor:
É transmitida por vetores da espécie Lutzomia longipalpis e L. cruzi; mosquitos de tamanho diminuto e de cor clara, que vivem em ambientes escuros, úmidos e com acúmulo de lixo orgânico (ex.: galinheiros). Suas fêmeas se alimentam de sangue, preferencialmente ao fim da tarde, para o desenvolvimento de seus ovos.
 
Transmissão:
A doença não é contagiosa nem se transmite diretamente de uma pessoa para outra, nem de um animal para outro, nem dos animais para as pessoas. A transmissão do parasita ocorre apenas através da picada do mosquito fêmea infectado.
Na maioria dos casos, o período de incubação é de 2 a 4 meses.

Características da doença:
A visceral ou calazar, é uma doença sistêmica, pois afeta vários órgãos, sendo que os mais acometidos são o fígado, baço e medula óssea. Sua evolução é longa podendo, em alguns casos, até ultrapassar o período de um ano.

Profilaxia:
A melhor forma de se prevenir contra esta doença é evitar residir ou permanecer em áreas muito próximas à mata, evitar banhos em rio próximo a mata, sempre utilizar repelentes quando estiver em matas, etc.
 
 
 

O cachorro é o principal reservatório da leishmaniose visceral nas cidades
 
 Doença: Leishmaniose tegumentar
 
Agente causador:
É causada por protozoários do gênero Leishmania, como o L. braziliensis, L. guyanensis e L. amazonensis: parasitas de vertebrados mamíferos.
 
Agente transmissor:
Fêmeas de mosquitos do gênero Lutzomyia são os vetores.

Transmissão:
Ocorre pela picada de insetos vetores, os flebotomíneos, popularmente chamados de “mosquito palha” ou “cangalhinha”. Eles são pequenos, de cor clara e pousam de asas abertas. O mosquito se contamina com o sangue de pessoas e animais doentes e transmite o parasito a pessoas e animais sadios.

Características da doença:
Vivem em locais úmidos e escuros, preferindo regiões onde há acúmulo de lixo orgânico, e movem-se por meio de voos curtos e saltitantes.
A doença é endêmica da Amazônia, mas tem ocorrência em várias regiões do mundo, não se restringindo apenas às florestas, mas também presente em ambientes urbanos, em razão da destruição das coberturas vegetais nativas.

Profilaxia:
Não há vacina contra a leishmaniose visceral.A utilização de roupas adequadas e uso de repelente quando estiver em ambiente de mata, visitar o médico em casos de feridas, destinar adequadamente o lixo, evitar banho de rio ao entardecer e, além de evitar animais domésticos com feridas características, procurar a prefeitura a fim de que o sangue destes seja recolhido para análise, são medidas importantes para se evitar casos de leishmaniose tegumentar. O uso de determinadas telas e mosquiteiros pode não ser eficaz em face do tamanho diminuto do vetor.


Parasita, vetor e ferida típica da leishmaniose tegumentar
 
Doença: doença de chagas
 
Agente causador:
 protozoário Tripanosoma cruzi.
 
Agente transmissor:
O mal de Chagas, como também é chamado, é transmitido, principalmente, por um inseto da Subfamília Triatominae, conhecido popularmente como barbeiro.
 
Transmissão:
Ao sugar o sangue de um animal com a doença, este inseto passa a carregar consigo o protozoário. Ao se alimentar novamente, desta vez de uma pessoa saudável, geralmente na região do rosto, ele pode transmitir a ela o parasita.Esse processo se dá em razão do hábito que este tem de defecar após sua refeição. Como, geralmente, as pessoas costumam coçar a região onde foram picadas, tal ato permite com que os parasitas, presentes nas fezes, penetrem pela pele. Estes passam a viver, inicialmente, no sangue e, depois, nas fibras musculares, principalmente nas da região do coração, intestino e esôfago.
 
Características da doença:
Este animal de hábito noturno se alimenta, exclusivamente, do sangue de animais vertebrados. Vive em frestas de casas de pau a pique, camas, colchões, depósitos, ninhos de aves, troncos de árvores, dentre outros locais, sendo que tem preferência por locais próximos à sua fonte de alimento.
 
Profilaxia:
* Como não existe vacina para a doença de Chagas, os cuidados devem ser redobrados nas regiões onde o barbeiro ainda existe, como o vale do Jequitinhonha, no norte de Minas Gerais, e em algumas áreas do nordeste da Bahia;
* Pessoa que esteve numa região de transmissão natural do parasita deve procurar assistência médica se apresentar febre ou qualquer outro sintoma característico da doença de Chagas;
* Portadores do parasita, mesmo que sejam assintomáticos, não podem doar sangue;
* A cana-de-açúcar deve ser cuidadosamente lavada antes da moagem e a mesma precaução deve ser tomada antes de o açaí ser preparado para consumo;
* Eliminar o inseto transmissor da doença ou mantê-lo afastado do convívio humano é a única forma de erradicar a doença de Chagas.
 

            
Barbeiro da doença de chagas


Doença: Malária

Agente causador:
causada por protozoários do gênero Plasmodium, como o Plasmodium vivax, Plasmodium falciparum, Plasmodium malariae e Plasmodium ovale.

Agente transmissor:
mosquitos do gênero Anopheles.

Transmissão:
podem transmitir a doença para indivíduos da nossa espécie, uma vez que liberam os parasitas no momento da picada, em sua saliva. Transfusão de sangue sem os devidos critérios de biossegurança, seringas infectadas e mães grávidas adoecidas são outras formas em que há a possibilidade de contágio.

Características da doença:
A malária pode ou não estar estável em uma região. Isso depende de diversos fatores, tais como: prevalência, densidade e susceptibilidade do mosquito na área, frequência com que os mosquitos picam o homem, duração média de vida dos anofelinos transmissores, tempo requerido para que se complete o ciclo esporogônico nos insetos (variável com a espécie de plasmódio e com a temperatura) e proporção de indivíduos susceptíveis.

Profilaxia:
consiste em evitar picadas do mosquito, fazendo o uso de repelentes, calças e camisas de manga longa, principalmente no período de fim da tarde e início da noite. Evitar o acúmulo de água parada a fim de impedir a ovo posição e nascimento de novos mosquitos é outra forma de evitar a malária.

Hemácias destruídas pelos protozoários causadores da malária.
 

 


Doença: Giardíase

Agente causador:
protozoário flagelado Giardia lamblia.

Transmissão:
pela ingestão dos cistos oriundos das fezes de indivíduo contaminado, podendo estar presentes na água, alimento, nas mãos, e até mesmo durante sexo oral-anal. Moscas e baratas também podem transportá-los. No estômago, dão origem aos trofozoítos. Esses colonizam o intestino delgado, se reproduzem e seus descendentes, após sofrerem processo de encistamento, são liberados para o exterior do hospedeiro, quando este defecar. O período de incubação é entre uma e quatro semanas e a infecção pode ser assintomática.
 
Características da doença:
 Ele pode se apresentar em forma de cisto ou trofozoíto, sendo que a primeira é a responsável por causar diarreia crônica com cheiro forte, fraqueza e cólicas abdominais no hospedeiro (cão, gato, gado, roedores, ser humano, dentre outros), graças às toxinas que libera. Essas manifestações podem gerar um quadro de deficiência vitamínica e mineral e, em crianças, pode causar a morte, caso não sejam tratadas.
 
Profilaxia:
Se não houver saneamento básico e condições de higiene, as fezes podem contaminar córregos e riachos e reiniciar o ciclo infeccioso. Por isso é importante tratar todos os infectados por Giárdia, mesmo que não apresentem sintomas. Também se recomenda a fervura da água em locais onde não há tratamento hídrico adequado.
Trofozoíta
 
Doença: Toxoplasmose
 
Agente causador:
protozoário chamado Toxoplasma gondii, encontrado nas fezes dos gatos e outros felinos.
 
Transmissão:
 toxoplasmose pode ser adquirida pela ingestão de alimentos contaminados — em especial carnes cruas ou mal passadas, principalmente de porco e de carneiro, e vegetais que abriguem os cistos do Toxoplasma, por terem tido contato com as fezes de animais hospedeiros ou material contaminado por elas mesmas.
 
Características da doença:
Cuidados relacionados à ingestão de carne e contato direto com animais, principalmente felinos, são necessários para evitar estes protozoários. Lavar com água corrente os vegetais antes de comê-los é, também, uma medida necessária.
 

Toxoplasma gondii, o protozoário da toxoplasmose
Toxoplasma gondii, o protozoário da toxoplasmose

Referencias:
http://drauziovarella.com.br/letras/t/toxoplasmose/.
http://www.brasilescola.com/doencas/toxoplasmose.htm.

  




 
 
 
 
 





 
 

 

 
 
 
 

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